15/02/2008

Estreando

Queria escrever algo novo aqui, mas o tempo já está começando a ficar escasso para mim. Visto que há postagens de textos que já tinha lido antes, vou começar minhas postagens aqui com algo que já tenho escrito. Vamos lá!

"Por dentro ainda somos crianças imaturas que aprendem a amar"
Se eu pudesse por um dia voltar a ver as coisas como uma criança vê, acredito que tudo seria diferente desde então. Criança é inocência, é responsabilidade indiferente. É ser, não sendo, apenas participando. É existir sem a dureza do real. Sem a dificuldade do adulto. Tudo é tão fácil. Consigo enxergar nuances das cores infantis. Sinto o toque aveludado do azul-claro que toco ao me remeter a meu primeiro contato social. Sinto o forte vermelho quando penso no primeiro amor. Consigo sentir a grande textura do marrom-escuro do primeiro proibido realizado. Sinto o violeta quando consigo visualizar a primeira derrota. O preto quando tenho o primeiro contato com a repressão. O branco-acinzentado quando sou apresentado ao novo. Cores. Representam tanto. Nostalgicamente necessárias. Eu, como criança, necessitando de referências. O azul do menino. O rosa da menina. O verde do diferente. Tenho vontade de tornar certas coisas novas. Aproveitar de primeira experiência para conseguir a voraz necessidade da primeira vez. Do conhecer do novo. Consigo ver o brilho do amarelo das primeiras conquistas e felicidades. Consigo ver no alaranjado uma busca pelo saber, pelo conhecer, pelo querer sempre mais. Queria abrir os olhos e veemente sentir que não estou aprisionado por essa falsa liberdade que acomete todo singelo ser humano. Sentir que o livre arbítrio é real e não mais uma façanha de grandes nomes. De poucos. Mas, não é possível.

2 comentários:

Cynthia disse...

Luquinha... muitoo bom u seu textoo, continue escrevenuu...

Taiane Lima disse...

Um texto de grande beleza espiritual, parece que ao ler uma alma infantil desabrocha de vc...desperta o sentimento das cores, coloca vida no que passa despercebido ao olho humano.

Mas as vezes essas coisas são tão irreais, a correria do dia-a-dia não te deixa ver o quão grande se faz as minimas coisas do Universo.

Mas em geral, gostei muito.